EPÍSTOLA DE PAULO AOS ROMANOS
Introdução
O apóstolo Paulo procurou anunciar a boa notícia da salvação por todo o Império Romano. Por isso, ele fez planos para visitar Roma, a capital do Império, onde já havia uma igreja cristã. Dali ele pretendia seguir até a Espanha e esperava que os cristãos de Roma o ajudassem naquela viagem (15.22-24). Paulo queria que eles ficassem sabendo como é que ele entendia a mensagem a respeito de Jesus Cristo.
Na Epístola
aos Romanos aparece uma apresentação completa e ordenada da mensagem de Paulo.
Depois de saudar os leitores e falar do seu grande desejo de conhecê-los
pessoalmente, Paulo anuncia a doutrina básica: o
evangelho é o poder de Deus para a salvação de todos os que o aceitam e conclui
que “o justo viverá por fé” (1.17).
Na primeira
parte da sua epístola (1.18—11.36), Paulo mostra que todos, judeus e gentios,
precisam da salvação, pois todos pecaram e estão afastados de Deus. Depois,
Paulo mostra como Deus, por causa do seu grande amor, salva as pessoas que creem
em Jesus Cristo, as quais, libertadas do poder do pecado, agora têm uma vida
nova, uma vida de paz com Deus e com as pessoas. Numa das mais bonitas
passagens escritas por Paulo (cap. 8), ele descreve como vive a pessoa que é
governada pelo Espírito Santo e como é forte o amor de Deus, amor que recebemos
por estarmos unidos com Jesus Cristo, o nosso Senhor. Depois, Paulo procura
explicar a parte que cabe aos judeus e aos gentios no plano divino de salvação
da humanidade.
Na segunda
parte da epístola (12.1—15.13), Paulo mostra como os cristãos devem tratar uns
aos outros e quais são os seus deveres para com as autoridades. A epístola
termina com uma série de saudações pessoais e uma oração de louvor a Deus.
Romanos 1
Prefácio e
saudação
"1 Eu, Paulo, sou um fiel
escravo de Jesus Cristo, escolhido como apóstolo autorizado para proclamar o
que Deus tem falado e feito. Escrevo esta carta a todos os cristãos de Roma,
amigos de Deus.
2 Os escritos sagrados trazem
anúncios antigos dos profetas a respeito do Filho de Deus, que mostra suas
raízes na história por ser descendente do rei Davi; sua identidade única de
Filho de Deus foi demonstrada pelo Espírito quando Jesus foi ressuscitado dos
mortos e comprovado como Messias, nosso Senhor. Por meio dele, recebemos a
graça generosa de sua vida e a urgente tarefa de transmiti-la a outros para que
a recebam quando decidirem pela confiança obediente em Jesus. Vocês são quem
são por causa dessa graça e do chamado de Jesus Cristo! E eu os saúdo agora
pela graça generosa de Deus, nosso Pai, e do nosso Senhor Jesus, o Messias.
8 Dou graças a Deus, por meio de
Jesus, por todos vocês. Faço isso em primeiro lugar porque em toda parte recebo
notícias da vida de fé que vocês têm, e toda vez que as ouço dou graças a Deus.
E Deus, a quem dedico adoração e serviço, divulgando as boas notícias a
respeito de seu Filho — a Mensagem! —, sabe que, quando penso em vocês em
minhas orações, e isso acontece o tempo todo, expresso o desejo de que ele
prepare o caminho para que eu possa visitá-los. Quanto maior a demora, mais eu
sofro. Quero muito estar aí para compartilhar o dom de Deus pessoalmente e
vê-los crescer fortes diante dos meus olhos! Mas não pensem que farei isso sem
querer nada em troca! Vocês têm tanto para me dar quanto eu a vocês.
13 Por favor, amigos, não entendam
mal minha dificuldade de visitá-los. Vocês não têm ideia de quantas vezes fiz
planos de ir a Roma. Estou determinado a desfrutar pessoalmente a obra de Deus
entre vocês, assim como em tantas outras cidades e comunidades não judaicas.
Mas sempre alguma coisa atrapalha meus planos. De fato, todos, gente educada ou
ignorante, sofisticada ou simples, mostram-me como dependo de todos e sou
devedor a todos. Por isso, não vejo a hora de encontrar vocês em Roma e pregar
as maravilhosas notícias a respeito de Deus.
16 São notícias que tenho orgulho
de proclamar, essa extraordinária Mensagem, que revela o magnífico plano de
Deus de resgatar todos que confiam nele, começando pelos judeus, mas abrindo a
porta para todos os outros povos! O modo de Deus tornar justo o ser humano
se manifesta em atos de fé, confirmando o que as Escrituras dizem: “Aquele que
vive de modo justo diante de Deus, confiando nele, vive de verdade”.
18 Mas o furor divino é despertado
pela falta de confiança do ser humano em Deus, pelos erros repetidos, pelas
mentiras acumuladas e pela manipulação da verdade. Mas a verdade essencial
sobre Deus é muito clara. Abram os olhos e poderão vê-la! Se analisarem com
cuidado o que Deus criou, serão capazes de ver o que os olhos deles não
enxergam: o poder eterno, por exemplo, e o mistério do ser divino. Portanto,
ninguém tem desculpa. Vejam o que aconteceu: a humanidade conhecia Deus
perfeitamente, mas deixou de tratá-lo como Deus, recusando-se a adorá-lo, e foi
reduzida a um tão terrível estado de insensatez e confusão que a vida humana
perdeu o sentido. Eles fingem saber tudo, mas são ignorantes sobre a vida.
Trocaram a glória de Deus, eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando
e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!
24 Então Deus se pronunciou: “Se é
isso que vocês querem, é o que terão”. Não demorou muito para que fossem viver
num chiqueiro, enlameados, sujos por dentro e por fora. Tudo porque trocaram o
Deus verdadeiro por um deus falso e passaram a adorar o deus que fizeram no
lugar do Deus que os fez — o Deus a quem bendizemos e que nos abençoa. Loucura
total!
26 Então aconteceu o pior. Como se
recusaram conhecer Deus, logo perderam a noção do que significa ser humano: mulheres
não sabiam mais ser mulheres, homens não sabiam mais ser homens. Sexualmente
confusos, abusaram um do outro e se degradaram, mulheres com mulheres, homens
com homens — pura libertinagem, pois de modo algum isso pode ser amor. Mas eles
pagaram caro por isso, e como pagaram: são vazios de Deus e do amor divino,
perversos infelizes e sem amor humano.
28 Uma vez que eles não se
importaram em reconhecer Deus, Deus desistiu deles e os deixou por conta
própria. A vida deles agora é uma confusão só, um mal que desce ladeira abaixo.
Eles tomam à força o que é alheio, são ambiciosos e caluniadores. Cheios de
inveja, violência, brigas e trapaças, fizeram da vida um inferno. Olhem para
eles: são maliciosos, venenosos, críticos ferozes de Deus, brigões, arrogantes,
gente vazia e insuportável! Mestres em criar meios de destruir vidas e
revoltados contra os pais. Não passam de seres tolos, asquerosos, cruéis e
intransigentes. Até parece que eles não sabem o que fazem, mas têm plena
consciência de que estão cuspindo no rosto de Deus — e não se importam! Pior
ainda, premiam quem faz as piores coisas com eficiência."
Romanos 2
Os gentios e
os judeus igualmente culpados. O juízo de Deus
"1 A humanidade caiu num
abismo cada vez mais fundo. Mas, se você pensa que está em nível mais elevado
de onde pode apontar o dedo para os outros, esqueça. Cada vez que você critica
alguém está se condenando. Você é tão errado quanto quem você critica. Criticar
os outros é uma forma bem conhecida de ignorar os próprios crimes e erros. Mas
Deus não pode ser enganado; Ele vê através da cortina de fumaça e o
responsabiliza pelo que você faz.
3 Ou você acha que conseguiria
distrair a atenção de Deus dos seus erros apontando o dedo para os erros dos
outros? Ou que, por ser um Deus tão bondoso, ele o deixaria livre de
obrigações? É melhor pensar direito, desde o princípio, Deus é bom, mas não é
bobo. Por sua bondade, ele nos toma pela mão e nos conduz a uma mudança radical
de vida.
5 Não há como escapar. Rejeitar
Deus ou fugir dele é como jogar lenha na fogueira. Um dia, o fogo intenso e
alto, o julgamento justo e ardente de Deus, irá queimar tudo. Não se engane:
porque no fim todos terão o que merecem — vida de verdade para quem age do lado
de Deus e fogo para quem insiste em viver como bem entende, pela lei do menor
esforço!
9 Se você age contra sua natureza,
irá se destruir, não importa a sua origem, a sua criação ou a sua formação.
Mas, se você aceitar o jeito de Deus fazer as coisas, a recompensa será
maravilhosa — nesse caso também não importa a origem ou a formação. Ser judeu
não é garantia automática de aprovação. Deus não se orienta pelo que os outros
dizem ou pelo que você pensa de você. Ele tem seus critérios.
12 Se você
peca sem saber, Deus leva isso em consideração. Mas, se você peca de modo
consciente, a história é outra.
O mero ato de ouvir a lei de Deus é perda de tempo se você não faz o que ele
manda. Praticar, não apenas ouvir, é que faz diferença para Deus.
14 Se um pagão, que desconhece a
lei de Deus, consegue segui-la mais ou menos por instinto, ele confirma a
verdade dela pela obediência. Comprova assim que a lei de Deus não é um
elemento estranho, imposto de fora para dentro, mas algo que faz parte da
própria constituição humana. Existe algo no interior do ser humano que ecoa o
“sim” e o “não” de Deus, o certo e o errado. A resposta deles ao “sim” e ao
“não” de Deus será de conhecimento público no dia em que Deus tomar a decisão
final a respeito de cada homem e mulher. A Mensagem que proclamo por meio de
Jesus Cristo leva em consideração todas essas diferenças.
17 Se você foi educado como judeu,
não pense que pode descansar em sua religião, orgulhoso de estar por dentro da
revelação de Deus, de experimentar as melhores bênçãos de Deus, de estar
atualizado com as doutrinas! Tenho um recado especial para você que está seguro
disso, que conhece a Palavra revelada de Deus e se sente em condições de levar
a Deus outros que estão em labirintos escuros e emoções confusas. Você está
guiando os outros, mas quem está guiando você? Falo sério. Enquanto você prega:
“Não roube”, você rouba? Afinal, quem iria suspeitar de você? A mesma coisa
vale para o adultério e para a idolatria. Você consegue se safar de qualquer
situação com discursos eloquentes sobre Deus e sua lei. As Escrituras dizem: “É
por causa de vocês, judeus, que os pagãos são hostis a Deus”. O texto denuncia
um problema antigo, que não irá se resolver.
25 A circuncisão, o ritual no
corpo que marca você como judeu, só terá importância se sua vida estiver de
acordo com a lei de Deus. Se não estiver, é pior que não ser circuncidado.
O oposto também é verdadeiro: quem não é circuncidado e vive nos caminhos de
Deus é tão bom quanto o circuncidado, e até melhor. É melhor guardar a lei de
Deus sem ser circuncidado que quebrá-la sendo circuncidado. Entenda isto: não é
o corte feito por uma faca que o torna judeu. Você se torna judeu pelo que você
é. A marca de Deus no coração, não a da faca na pele, é que faz de você um
judeu. E a identificação vem de Deus, não de críticos legalistas."
Romanos 3
Paulo
responde a objeções
"1 Mas, se é assim, que
diferença faz ser judeu ou não, ser ensinado nos caminhos de Deus ou não? Na
verdade, faz muita diferença, mas não como muitos pensam.
2 Para começar, lembrem-se de
que os judeus foram incumbidos de escrever e transmitir a revelação de Deus, as
Escrituras Sagradas. E como fica a situação dos judeus que abandonaram sua
posição? Deus não os abandonou. Você pensa que sua falta de fé cancela a
fidelidade de Deus? De jeito nenhum! Contem com isto: Deus mantém sua palavra,
ainda que o mundo inteiro minta descaradamente. As Escrituras dizem o mesmo:
Suas palavras permanecem fiéis e verdadeiras, a rejeição não intimidará Deus.
Mas, se nossa maneira errada de agir apenas realça e confirma o caráter fiel de
Deus, não deveríamos ser elogiados por isso? Se nossas palavras nem sequer
deixam marca em suas boas palavras, Deus não cometeria um erro em nos pôr
contra a parede e nos condenar pelo que dissemos? É uma pergunta natural, mas a
resposta é não, um “não” bem enfático! Como as coisas seriam corrigidas, se
Deus não agisse para corrigi-las?
7 É maldade afirmar: “Se minhas
mentiras servem para mostrar a verdade de Deus de maneira mais gloriosa, como
posso ser condenado? Estou fazendo um favor para Deus!”. Alguns, na verdade,
tentam pôr essas palavras em nossa boca, alegando que saímos por aí anunciando:
“Quanto mais mal fazemos, mais bem Deus faz. Então, continuemos assim!”. É pura
calúnia, e estou certo de que vocês concordam conosco.
9 Se é assim, aonde isso nos
levará? Será que nós, judeus, estamos em situação melhor que os outros? Na
verdade, não. Basicamente, todos nós, judeus e não judeus, começamos em
condições idênticas. Todos nós começamos como pecadores. As Escrituras não
deixam dúvida sobre isso: Não há ninguém vivendo como deve, nem um sequer;
ninguém entende, ninguém presta atenção em Deus. Todos eles erraram o caminho;
todos estão vagueando sem rumo. Ninguém está vivendo da maneira correta, e não
creio que há quem o consiga. A garganta deles é um túmulo aberto, e a língua,
escorregadia para enganar. Cada palavra que pronunciam está impregnada de
veneno. Eles abrem a boca e empesteiam o ar. São eternos concorrentes ao prêmio
de “pecador do ano” e emporcalham a terra com sofrimento e ruína. Não fazem a
menor ideia do que seja viver em comunidade. Eles passam por Deus e o ignoram.
Está claro que esse texto não representa o que Deus diz a respeito dos outros,
mas o que diz sobre nós, a quem as Escrituras foram primeiramente endereçadas!
Está claro também que somos todos pecadores, cada um de nós. Estamos no mesmo
barco furado, com todos os outros! Nosso envolvimento com a revelação de Deus
não nos deixa de bem com ele. Isso só faz realçar nossa cumplicidade com o
pecado de todos os outros.
21 Mas agora há algo novo no
horizonte: aconteceu o que Moisés e os profetas anunciaram por tanto tempo!
Deus resolveu agir para acertar as coisas sobre as quais lemos nas Escrituras
por meio do que Jesus fez por nós. E não apenas por nós, mas por todos os que
creem nele, pois nisso não há diferença entre nós e eles. Uma vez que nós e
eles reunimos esse longo e lamentável registro como pecadores e provamos que
somos incapazes de viver a vida gloriosa que Deus deseja para o ser humano,
Deus resolveu fazer isso por nós. Por pura graça generosa, ele decidiu acertar
nossa situação com ele. Um presente do céu! Ele nos retirou da confusão em que
estávamos e nos restaurou, para fazer de nós o que ele sempre quis que
fôssemos. E ele o fez por meio de Jesus Cristo.
25 Deus sacrificou Jesus no altar
do mundo para purificar o mundo do pecado. A fé nele nos deixa limpos. Deus
decidiu, sob o olhar de todos, deixar o mundo numa situação aceitável diante
dele por meio do sacrifício de Jesus, finalmente cuidando dos pecados que ele
havia suportado com tanta paciência. Isso não só está claro, mas acontece agora
— é história atual! Deus consertou a situação e também agora permite que vivamos
em sua justiça.
27 Portanto, como fica o orgulho
judeu com seus supostos direitos? Anulado? Sim, anulado. O que aprendemos é o
seguinte: Deus não reage ao que nós fazemos: nós é que reagimos ao que Deus
faz. Finalmente, conseguimos entender. Nossa vida se acerta com Deus e com os
demais quando o deixamos acertar a situação, não quando tentamos fazer tudo
sozinhos, com orgulho e ansiedade.
29 E como fica a orgulhosa
alegação judaica de termos o monopólio de Deus? Anulada também. Deus é o
Deus do judeu e de quem não é judeu. Como poderia ser diferente, se há apenas
um Deus? Deus resolve a situação de todos que aceitam o que ele fez e disso
participam, tanto os que seguem nosso sistema religioso quanto os que nunca
ouviram falar da nossa religião.
31 Mas, ao mudar nosso foco do que
nós fazemos para o que Deus faz, não anulamos a rigorosa guarda das regras e
leis que Deus estabeleceu? De modo algum! Quando adotamos o estilo de vida
condizente com essa reconciliação, nós as confirmamos."
Romanos 4
Abraão justificado
pela fé
"1 Pois bem, como encaixar o
que sabemos a respeito de Abraão, nosso primeiro pai na fé, nessa nova maneira
de enxergar as coisas? Se Abraão tivesse sido aprovado por Deus pelo que fez,
ele poderia ter recebido crédito. Mas o que temos é a história de Deus, não a
de Abraão. Assim, lemos nas Escrituras: “Abraão participou do que Deus fez por
ele, e isso foi decisivo. Ele acreditou que Deus podia torná-lo justo, em vez
de apelar para a própria justiça”.
4 Se você dá duro e faz um bom
trabalho, merece o pagamento. Ninguém pode dizer que seu pagamento é um
presente. Mas, se você percebe que a tarefa está muito além da sua capacidade,
algo que só Deus pode fazer, e confia que ele o fará (volto a dizer: algo que
você jamais conseguirá fazer, não importa como e quanto trabalhe), essa
confiança em Deus é o que o deixa numa situação aceitável diante dele, por
causa de Deus. Pura graça.
6 Davi confirma esse modo de ver
as coisas ao afirmar que quem deixa Deus consertar a situação, sem insistir em
querer fazer algo no processo, é um homem feliz: Feliz é aquele cujos crimes
são perdoados, cujos registros dos pecados são apagados. Feliz é a pessoa
contra quem o Senhor não tem nada a apresentar. Vocês pensam que essa bênção é
dada apenas para aqueles que guardam nossas tradições religiosas e são
circuncidados? Acham que a bênção pode ser dada a alguém que nunca ouviu falar
das nossas tradições, que não foi criado em nossa forma de devoção para com
Deus? Todos nós concordamos em que foi por aceitar o que Deus fez por Abraão
que ele foi declarado justo diante de Deus, não é?
10 Agora pensem: essa declaração
foi feita antes ou depois que ele fosse marcado pelo rito pactuai da
circuncisão? Sabemos que foi antes! Isso significa que ele se submeteu à
circuncisão como evidência e confirmação do que Deus havia feito muito antes de
torná-lo plenamente aceitável, um ato de Deus que ele aceitou de todo o
coração.
12 Isso ainda significa que Abraão
é pai de todos os povos que aceitam o que Deus faz por eles enquanto ainda
estão na condição dos “de fora” em relação a Deus, não identificados como
propriedade de Deus, isto é, como “incircuncisos”. Justamente os que se
encontram nessa condição é que são chamados “justificados por Deus e com Deus”!
Abraão, claro, também é o pai dos que se submeteram ao rito da circuncisão não
apenas por causa do rito, mas porque desejavam abraçar pela fé o que Deus fez
por eles, seguindo o exemplo de vida que Abraão viveu antes de ser marcado pela
circuncisão.
13 A famosa promessa de Deus a Abraão
— que ele e seus descendentes possuiriam a terra — não foi feita em razão de
algo que Abraão tenha feito ou viria a fazer. Foi baseada na decisão de Deus de
acertar tudo para com ele, e foi disso que Abraão participou quando creu. Se
alguém receber esse presente de Deus apenas por ter seguido certas ordens ou
por ter cumprido formalidades, essa confiança não faz sentido, e a promessa
vira um contrato frio! Seria um acordo comercial, não uma promessa santa. Um
contrato cheio de pormenores, elaborado por um advogado detalhista, pode
resultar em obrigações que você jamais seria capaz de cumprir. Mas, se não há
contrato, apenas uma promessa — e uma promessa de Deus —, você não pode
quebrá-la.
16 É por isso que o cumprimento da
promessa de Deus depende inteiramente da confiança que depositamos nele e em
seus caminhos e de que o aceitemos e a tudo que ele faz. A promessa de Deus
chega como um presente. É o único modo de garantir a participação nela, tanto
os que guardam as tradições religiosas quanto os que nunca ouviram falar delas.
Porque Abraão é o pai de todos nós. Ele não é nosso pai racial — isso seria ler
a história de trás para a frente. Ele é nosso pai na fé.
17 Chamamos Abraão de pai não
porque Deus lhe tenha dado atenção por ter vivido como santo, mas porque Deus
agiu em Abraão quando ele não era ninguém. Não é o que lemos nas Escrituras,
que Deus diz a Abraão: “Farei de você pai de muitos povos”? Abraão foi primeiro
chamado de pai e depois se tornou pai porque ousou acreditar que Deus faria o
que somente Deus poderia fazer: levantar os mortos para a vida e com uma
palavra trazer algo à existência, a partir do nada. Não havia esperança, mas
Abraão creu, decidido a viver não com base no que sabia que era incapaz de
fazer, mas no que Deus disse que ele faria. Assim, foi feito pai de uma
multidão de povos. O próprio Deus declarou: “Você terá uma grande família,
Abraão!”.
19 Abraão não ficou pensando em
sua incapacidade, dizendo: “Sem chance. Este corpo de cem anos nunca vai gerar
um filho”. Ignorou décadas de infertilidade de Sara e foi persistente. Não foi
reticente sobre a promessa de Deus, com questionamentos. Em vez disso,
mergulhou na promessa e se fortaleceu. Ficou à disposição de Deus, certo de que
ele cumpriria o que tinha dito. É por isso que se diz: “Abraão foi declarado
justo diante de Deus ao confiar que Deus o justificaria”. Mas não é só Abraão:
o mesmo acontece conosco! O mesmo é dito a respeito de nós, que aceitamos e
cremos naquele que trouxe Jesus à vida quando, de igual modo, não havia mais
esperança. O Jesus, que foi sacrificado, fez-nos aceitáveis diante de Deus,
tornou-nos justos perante Deus."
Romanos 5
A
justificação pela fé e paz com Deus
"1 Ao aceitar, pela fé, o que
Deus sempre desejou para nós — consertar nossa situação com ele, tornar-nos
prontos para ele —, alcançamos tudo isso com Deus por causa do nosso Senhor
Jesus, por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta
graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus.
3 Mas ainda há muito mais.
Continuamos a expressar nosso louvor, mesmo que estejamos cheios de problemas,
porque sabemos que os problemas podem desenvolver em nós paciência e como a
paciência, por sua vez, forja o aço temperado da virtude, mantendo-nos atentos
quanto ao que Deus pretende fazer; desse modo, passamos a ter esperança. Com
essa expectativa, jamais nos sentiremos enganados. A verdade é que nem temos
como reunir todas as vasilhas necessárias para encher com tudo que Deus
generosamente derrama sobre nossa vida, por meio do Espírito Santo!
6 Cristo chegou na hora certa para
tornar isso realidade. Ele não esperou que todos estivessem preparados.
Apresentou-se disposto ao sacrifício quando ainda éramos fracos e rebeldes
demais para fazer alguma coisa por nós mesmos. Mesmo que não fôssemos tão
fracos, de qualquer maneira não saberíamos o que fazer. Podemos entender quando
alguém morre por uma pessoa digna e como alguém bom e nobre poderia inspirar um
sacrifício abnegado. Mas Deus demonstrou quanto nos ama ao oferecer seu
Filho em sacrifício por nós quando ainda éramos tão ingratos e maus para com
ele.
9 Agora que nossa situação com
Deus está resolvida, por meio dessa morte sacrificial, o perfeito sacrifício de
sangue, não há mais razão para estar em oposição a Deus, sobre qualquer
assunto. Se em nossa pior situação fomos postos em condição favorável diante de
Deus, pelo sacrifício de seu Filho, agora que estamos nesta situação
maravilhosa, apenas imaginem como nossa vida poderá ser plena e gloriosa por
meio da vida proporcionada pela ressurreição! Agora que já desfrutamos esta
maravilhosa amizade com Deus, não nos contentaremos com meras declarações
formais, mas cantaremos louvores a Deus, por meio de Jesus, o Messias!
12 Vocês conhecem a história de Adão
e de como ele nos lançou no dilema em que estamos — o primeiro pecado, depois a
morte; e ninguém ficou isento do pecado ou da morte. Aquele pecado afetou os
relacionamentos com Deus em tudo e com todo o mundo, mas a extensão das
consequências negativas não ficou clara até que Deus a explicasse em detalhes a
Moisés. Até os que não pecaram como Adão, que desobedeceu a um mandamento
específico de Deus, tiveram de experimentar o fim da vida, a separação de Deus.
Mas Adão, que nos pôs nessa situação, também aponta para aquele que nos livrará
dela.
15 Todavia, o resgate não é
proporcional ao pecado que traz morte. Se o pecado de um homem deixa multidões
de pessoas no profundo abismo da separação de Deus, imaginem a eficácia do dom
de Deus derramado por meio de um homem, Jesus Cristo! Não há comparação entre o
pecado que traz morte e esse generoso dom gerador de vida. A sentença
pronunciada sobre aquele pecado foi a morte, mas sobre os muitos pecados que se
seguiram veio a sentença de vida. Se a morte obteve supremacia pelo erro de um
homem, imaginem o que pode fazer a extraordinária recuperação de vida que
agarramos com ambas as mãos, esse dom de vida extravagante, essa restauração
total, providenciados pelo homem Jesus Cristo!
18 Aqui está um resumo de tudo:
assim como uma única pessoa errou e nos deixou todo esse problemão com o pecado
e a morte, também uma única pessoa fez o que era certo e nos livrou de tudo
isso. Mais que apenas nos livrar do problema, ele nos trouxe para a vida!
Um homem disse não a Deus e afundou muita gente no erro; outro homem disse sim
a Deus e consertou tudo o que estava errado.
20 Tudo que a lei contra o pecado
conseguiu fazer foi produzir mais gente que desrespeitasse a lei. Mas o pecado
não teve e nem tem chance de competir contra o perdão poderoso que chamamos
“graça”. Na disputa entre o pecado e a graça, a graça vence com facilidade.
Tudo que o pecado pode fazer é nos ameaçar com a morte. Já a graça, uma vez que
Deus está consertando as coisas por meio do Messias, nos convida à vida — uma
vida que continua para sempre, que jamais terá fim."
Romanos 6
Livres do
pecado pela graça
"1 O que vamos fazer então:
continuar pecando para que Deus continue perdoando? É claro que não! Se já
deixamos o país onde o pecado é soberano, como poderemos ainda viver na velha
casa que tínhamos lá? Ou vocês não perceberam que abandonamos aquilo tudo para
sempre? É o que acontece no batismo. Ao entrar na água, deixamos para trás o
velho país do pecado; quando saímos da água, entramos no novo país, o da graça
— uma nova vida numa nova terra!
2 É isso que o batismo nessa vida
em Jesus significa. Quando somos mergulhados na água, é como o sepultamento de
Jesus; quando somos levantados da água, é como a ressurreição de Jesus.
Erguemo-nos para um mundo cheio da luz do nosso Pai e assim podemos ver por
onde estamos indo, no novo país da graça soberana.
6 Mais claro que isso, impossível.
Nosso velho modo de viver foi pregado na cruz com Cristo, um fim decisivo para
aquela vida miserável de pecado. Não estamos mais à mercê do convite do pecado!
Cremos que, se estamos incluídos na morte de Cristo, que venceu o pecado,
estamos incluídos também em sua ressurreição, que nos traz vida. Sabemos que,
quando Jesus foi levantado dos mortos, isso foi um sinal de que a morte não
seria mais o destino final. Nunca mais ela terá a última palavra. Quando Jesus
morreu, ele levou o pecado consigo. Agora vivo, ele traz Deus a nós. De
agora em diante, devemos pensar assim: o pecado fala uma língua morta que nada
significa para nós; Deus fala a nossa língua materna, e entendemos cada
palavra. Vocês estão mortos para o pecado e vivos para Deus. Foi o que Jesus
fez.
12 Isso significa que vocês
devem conduzir a vida de um modo que não deem oportunidade ao pecado. Não deem
a ele nenhuma chance. Evitem até as mínimas coisas que estejam ligadas com o
antigo modo de viver. Abracem de todo o coração e em tempo integral o modo de
Deus agir. Lembrem-se de que vocês foram ressuscitados! O pecado não pode
mais ditar as regras da vida de vocês. Afinal, vocês não estão mais vivendo sob
a velha tirania: estão vivendo na liberdade de Deus.
15 Agora, se estamos livres da
velha tirania, podemos viver como quisermos? Uma vez que estamos livres na
liberdade de Deus, podemos fazer o que nos vier à cabeça? De jeito nenhum.
Vocês sabem, por experiência própria, que certos atos baseados numa suposta
liberdade acabam destruindo a liberdade. Ofereçam-se ao pecado, por exemplo, e
será o último ato livre de vocês. Mas ofereçam-se aos caminhos de Deus e jamais
perderão a verdadeira liberdade. Durante a vida inteira, vocês deixaram o
pecado ditar as regras. Mas, graças a Deus, vocês começaram a ouvir um novo
Senhor, cujas ordens os deixam livres para viver na liberdade dele.
19 Falo da liberdade para
facilitar a compreensão. Vocês com certeza se lembram do tempo em que faziam o
que queriam, sem se importar com os outros nem com Deus, e a vida só piorava,
enquanto a liberdade diminuía. Quanta diferença agora! Vocês vivem na liberdade
de Deus, com a vida restaurada, crescendo em santidade!
20 Durante todo o tempo em que
vocês faziam o que queriam, ignorando Deus, nem se preocupavam em pensar ou
viver de modo correto, nem cogitavam fazer pelo menos alguma coisa certa. Mas
isso era liberdade? O que ganharam com isso? Nada de que possam se orgulhar
agora, não é? Aonde isso os levou? A um beco sem saída.
22 Mas agora que encontraram a
verdadeira liberdade, não precisam mais ouvir as exigências do pecado! Vocês
descobriram o prazer de ouvir Deus falando com vocês. Que bela surpresa! Uma
vida plena, restaurada, integrada no presente, com muito mais vida a caminho!
Trabalhem para o pecado por toda a vida, e seu pagamento será a morte. Mas o
dom de Deus é vida real eterna, proporcionada por Jesus, nosso Senhor."
Romanos 7
A analogia do
casamento
"1 Amigos, vocês não devem
ter nenhum problema para entender isto, pois conhecem a lei — como ela funciona
e como afeta apenas quem está vivo. Por exemplo, uma mulher casada é
legalmente unida ao marido enquanto ele vive, mas, se ele morrer, ela está
livre. Se viver com outro homem enquanto o marido está vivo, sem dúvida ela
será adúltera. Mas, se ele morrer, ela está livre para se casar com outro
homem, sem crise de consciência e sem que ninguém a desaprove.
4 Portanto, meus amigos, isso é
semelhante ao que aconteceu com vocês. Quando Cristo morreu, ele tomou sobre si
todo aquele modo de vida dominado por regras e o deixou no túmulo. Vocês
ficaram livres para “se casar” com a vida da ressurreição e gerar uma
“descendência” de fé para Deus. Enquanto vivíamos aquele antigo modo de vida,
fazendo o que bem entendíamos, o pecado produzia os frutos que o antigo código
da lei gerou em nós, o que nos deixou ainda mais rebeldes. Por fim, tudo que
geramos foi morte. Mas agora, que não estamos mais acorrentados ao casamento
dominador do pecado, livres daqueles regulamentos opressivos, estamos livres
para viver uma vida nova, na liberdade de Deus.
7 Alguém pode dizer: “Se o código
da lei era tão mau assim, ele não era melhor que o pecado”. Não é verdade. O
código da lei tinha uma função legítima. Sem suas orientações claras sobre
certo e errado, nada saberíamos sobre o comportamento moral. Sem o mandamento
sucinto “Não cobiçarás”, eu teria considerado a cobiça uma virtude e arruinado
minha vida.
8 Vocês não se lembram de como
eram as coisas? Eu me lembro perfeitamente. O código da lei começou muito bem.
Mas acontece que o pecado encontrou uma maneira de perverter o mandamento,
transformando-o em tentação, fazendo dele um “fruto proibido”. O código da lei,
em vez de ser usado para me guiar, serviu para me seduzir. Sem a complexidade
do código da lei, o pecado parecia sem atrativos e sem vida, e eu seguia meu
caminho sem dar muita atenção a ele. Mas, depois que o pecado pôs as mãos no
código da lei e se tornou chamativo, fui enganado e caí. O mesmo mandamento que
deveria me guiar à vida foi maliciosamente usado para me enganar, levando-me a
um desvio. Desse modo, o pecado estava vivo; eu, morto. Mas o código da lei, em
si, é bom; é sabedoria da parte de Deus, e cada mandamento é saudável e
santo.
13 Prosseguindo, já posso ouvir a
próxima pergunta de vocês: “Quer dizer que não posso confiar no que é bom [isto
é, na lei]? O bem é tão perigoso quanto o mal?”. É claro que não! O pecado
apenas fez aquilo que o tornou famoso: usar o bem como cobertura para me
induzir a fazer o que no final iria me destruir. Ao ocultar o bom mandamento de
Deus, o pecado provocou consequências negativas que jamais conseguiria causar
por si só.
14 Posso antecipar a resposta
também: “Sei que todos os mandamentos de Deus são espirituais, mas eu não sou.
Essa não é também a sua experiência?”. Sim. Estou cheio de mim mesmo — afinal,
passei longo tempo na prisão do pecado. O que não entendo a meu respeito é que
decido uma coisa e faço outra, sendo levado a fazer o que absolutamente
desprezo. Então, se não consigo decidir o que é melhor para mim mesmo e
fazê-lo, é óbvio que o mandamento de Deus é necessário.
17 Entretanto, preciso de algo
mais! Pois, se conheço a lei e mesmo assim não posso guardá-la e se o poder do
pecado dentro de mim insiste em sabotar minhas melhores intenções, obviamente
preciso de ajuda! Entendo que não posso cumpri-la. Posso desejar, mas não posso
fazer. Decido fazer o bem, mas de fato não o faço. Decido não fazer o mal, mas
acabo fazendo, de um modo ou de outro. Minhas decisões não resultam em ações.
Algo está muito errado no meu interior e sempre tira o melhor de mim.
21 Isso acontece tanto que já é
previsível. No momento em que decido fazer o bem, o pecado está lá para me
derrubar. É pura verdade que eu me alegro nos mandamentos de Deus, mas é óbvio
que nem tudo em mim é festa. Partes de mim se rebelam em segredo, e, quando
menos espero, elas assumem o controle.
24 Já tentei de tudo, mas nada
resolve. Já não aguento mais. “Não há ninguém que possa me ajudar?”. — não é
essa a verdadeira pergunta?
25 A resposta, graças a Deus, é
que Jesus Cristo pode e me ajuda. Ele agiu para consertar as coisas nesta vida
de contradições com a qual quero servir a Deus de todo o coração e mente, mas
sou puxado pela influência do pecado, e acabo fazendo algo que não
desejo."
Romanos 8
Nenhuma
condenação. O pendor do Espírito
"1 Com a chegada de Jesus, o
Messias, o dilema fatal foi resolvido. Os que estão em Cristo não precisam mais
viver numa nuvem escura e depressiva. Um novo poder está atuando. O Espírito da
vida em Cristo, como um vento forte, limpou totalmente o ar, libertando vocês
de uma tirania brutal nas mãos do pecado e da morte.
3 Deus cumpriu isso quando enviou
seu Filho. Não tratou do problema como algo distante e sem importância. Em seu
Filho, Jesus, assumiu pessoalmente a condição humana, entrou na confusão da
humanidade que vive em conflito para consertar as coisas de uma vez por todas.
O código da lei, enfraquecido pela natureza humana fragmentada, jamais poderia
ter feito isso. A lei acabou usada como paliativo para o pecado, nunca para a
cura completa. E, agora, o que o código da lei pede, mas que não conseguiríamos
cumprir por nós mesmos, é que, em vez de redobrar nossos esforços, simplesmente
aceitemos o que o Espírito está fazendo em nós.
5 Os que pensam que podem fazê-lo
por si mesmos terminam obcecados por medir sua força moral, mas sem resultados
na vida real. Os que confiam na ação de Deus descobrem que o Espírito de Deus
está neles — vivendo e respirando Deus! Ficar obcecado consigo mesmo nessa
questão é entrar num beco sem saída. Quem olha para Deus é levado para um campo
aberto, a uma vida livre, espaçosa. Direcionar o foco para si mesmo é o oposto
de se concentrar em Deus. Qualquer pessoa absorvida em si mesma passa a ignorar
Deus e acaba pensando mais nela que em Deus. Ignora quem Deus é e o que ele
está fazendo. E Deus não gosta de ser ignorado.
9 Mas, se o próprio Deus está em
vocês, dificilmente irão pensar mais em vocês mesmos que nele. Quem não recebeu
esse Deus invisível, mas plenamente presente, o Espírito de Cristo, não saberá
do que estamos falando. Mas vocês que o receberam e o têm habitando em vocês,
mesmo que ainda experimentem as limitações do pecado, experimentam a vida de
acordo com Deus. Não há dúvida de que, se o Deus vivo e presente que
ressuscitou Jesus dentre os mortos atua na vida de vocês, ele fará em vocês o
mesmo que fez em Jesus: ele os trará vivos para si. Quando Deus vive e respira
em vocês (e ele o faz, como o fez em Jesus), vocês são libertos daquela vida
morta. Com seu Espírito vivendo em vocês, o corpo de vocês será tão cheio de
vida quanto o de Cristo!
12 Vocês não percebem que não
devemos um centavo à velha vida, na qual a pessoa tem de fazer tudo por si? Não
há nada nessa vida para nós, nada mesmo. O melhor a fazer é dar a ela um
enterro definitivo e se engajar na nova vida. O Espírito de Deus nos chama. Há
muito que fazer e lugares para conhecer!
15 A vida da ressurreição que
vocês receberam, de Deus não é vazia. Nela há uma constante expectativa de
aventura, que sempre pergunta para Deus: “E agora Pai, o que vamos fazer?”,
como as crianças fazem. O Espírito de Deus entra em contato com nosso espírito
e confirma nossa identidade. Sabemos quem ele é, e sabemos quem somos: Pai e
filhos. Sabemos também que vamos receber o que está por vir — uma herança
inacreditável! Iremos passar pelo que Cristo passou. Se enfrentamos momentos
difíceis com ele, então é certo que com ele passaremos momentos inesquecíveis!
18 Não penso que seja possível
fazer uma só comparação entre os tempos difíceis de hoje e os bons tempos que
virão. O mundo criado quase não se contém esperando pelo que vem a seguir. Tudo
na criação sofre restrições. Deus a controla até que todas as criaturas estejam
prontas e possam ser libertadas para os tempos gloriosos que virão. Enquanto
isso, a alegria aumenta com a expectativa.
22 Tudo ao nosso redor observa uma
criação grávida. Os tempos difíceis de dor neste mundo são apenas dores de
parto. Mas isso não é apenas ao nosso redor: é também dentro de nós. O Espírito
de Deus está nos impulsionando por dentro: nós também sentimos as dores de
parto. Nosso corpo estéril e sem vida deseja libertação plena. É por isso que
esperar não nos diminui, assim como a espera não diminui a gestante. Na
verdade, é uma espera que nos faz sentir grandiosos. Naturalmente, não vemos o
que nos causa isso. Mas, quanto mais esperamos, mais nos sentimos assim, e mais
alegre se torna nossa expectativa.
26 Se em algum momento nos
cansamos de esperar, o Espírito de Deus está ao nosso lado, nos dando aquela
força. Se não sabemos como orar, não importa. Ele ora em nós e por nós,
utilizando nossos suspiros sem palavras, nossos gemidos de dor. Ele nos conhece
melhor que nós mesmos, conhece nossa condição de “gravidez” e nos mantém na
presença de Deus. Assim, podemos ter certeza de que cada detalhe em nossa vida
de amor a Deus é transformado em algo muito bom.
29 Deus sempre soube o que estava
fazendo. Ele decidiu, desde o princípio, moldar a vida daqueles que O amam
pelos mesmos padrões da vida do Filho. Pois o Filho é o primeiro da fila, na
humanidade que ele restaurou. Nele, vemos a vida humana em sua forma original.
Depois de decidir como seus filhos deveriam ser, Deus continuou convidando as
pessoas, chamando-as pelo nome. Em seguida, ele as firmou numa sólida base,
nele mesmo. Após ter feito tudo isso, ele permanece com essas pessoas até o
fim, concluindo gloriosamente o que havia iniciado.
31 Então, o que acham? Deus está
ao nosso lado, assumiu nossa condição e se expôs ao pior quando enviou o
próprio Filho. Haveria alguma coisa que ele não faria por nós de modo
espontâneo e feliz? Quem ousaria implicar com os escolhidos de Deus, arrumando
briga com ele? Quem ousaria ao menos apontar um dedo? Aquele que morreu por nós
— e por nós foi ressuscitado para a vida! — está na presença de Deus neste
exato momento, intercedendo por nós. Acham que alguém será capaz de levantar
uma barreira entre nós e o amor de Cristo por nós? Não há como! Nem problemas,
nem tempos difíceis, nem ódio, nem fome, nem desamparo, nem ameaças de
poderosos, nem punhaladas nas costas, nem mesmo os piores pecados listados nas
Escrituras: Eles nos matam a sangue frio, porque odeiam a ti. Somos vítimas
fáceis: eles nos pegam, um a um. Nada disso nos intimida, porque Jesus nos ama.
Estou convencido de que nada — vivo ou morto, angelical ou demoníaco, atual ou
futuro, alto ou baixo, pensável ou impensável —, absolutamente nada pode se intrometer
entre nós e o amor de Deus, quando vemos o modo com que Jesus, nosso Senhor,
nos acolheu."
Romanos 9
Paulo e a
incredulidade dos judeus
"1 Ao mesmo tempo, vocês
precisam saber que todo o tempo carrego comigo uma imensa tristeza, uma dor profunda
dentro de mim, e nunca me livro dela. Não estou exagerando: Cristo e o Espírito
Santo são minhas testemunhas. São os israelitas. Se houvesse um jeito de eu ser
amaldiçoado pelo Messias para que eles fossem abençoados por ele, eu o faria
sem hesitar. Eles são minha família. Cresci com eles. Eles tinham tudo —
família, glória, reuniões, revelações, adoração, promessas, sem falar que são o
povo de onde veio o Messias, o Cristo, que é Deus sobre tudo, sempre. Amém!
6 Mas não pensem que a Palavra de
Deus tenha falhado em algum ponto. O problema é antigo. Para começar, nem todos
os israelitas fisicamente são israelitas espiritualmente. Não foi a linhagem de
Abraão que trouxe essa identidade, e sim a promessa de Deus. Lembram-se do que
foi dito: “Sua família será considerada por Isaque”? Isso significa que a
identidade israelita nunca foi determinada fisicamente, por transmissão
genética, mas por Deus, pela promessa. Lembram-se da promessa: “Quando eu
voltar no próximo ano, por esta época, Sara terá um filho”?
10 E não foi a única vez. Também
foi feita uma promessa para Rebeca, muito além da genética. Quando ficou
grávida do nosso antepassado Isaque e esperava os gêmeos ainda inocentes,
incapazes de fazer bem ou mal, ela recebeu uma confirmação especial da parte de
Deus. Na ocasião, Deus mostrou que seu propósito não é algo que dependa do que
fazemos ou deixamos de fazer, e sim determinado por sua decisão, vindo
diretamente de sua iniciativa. Deus disse a Rebeca: “O primeiro a nascer dos
gêmeos ocupará o segundo lugar”. Mais tarde, a situação deu origem à dura
frase: “Eu amei Jacó, mas rejeitei Esaú”.
14 Será que com isso podemos dizer
que Deus é injusto? Vamos devagar. Deus disse a Moisés: “Misericórdia é comigo
mesmo. Compaixão é comigo mesmo”. A compaixão não nasce em nosso coração
compadecido nem em nosso esforço moral, mas na misericórdia divina. Foi o mesmo
caso do faraó: “Eu o escolhi para ser mero coadjuvante no drama da minha
poderosa salvação”. Tudo que estamos dizendo é que Deus tem a primeira palavra,
iniciando a ação, na qual fazemos nossa parte, para o bem ou para o mal.
19 Então você pergunta: “Como pode
Deus nos culpar por qualquer coisa se ele está no controle de tudo? Se as
grandes decisões já foram tomadas, que temos nós com isso?”.
20 Calma! Quem você pensa que é
para argumentar com Deus? Por algum instante você achou que algum de nós sabe o
bastante para questioná-lo? O vaso não se dirige aos dedos que o moldaram,
dizendo: “Por que você me deu essa forma?”. Não é óbvio que o oleiro tem todo o
direito de transformar um pedaço de argila num vaso de flores e outro numa
panela de cozinhar feijão? Se Deus precisa de um pote especial para sua ira e
outro para sua bondade gloriosa, não estará ele certo? O mesmo ele fez com os
judeus, mas também acontece com outros povos. Oseias deixa isso claro: Eu
chamarei os sem nome e os nomearei; chamarei os desprezados e os farei amados; no
lugar em que gritaram: “Você não é ninguém!”, eles chamam vocês de “filhos do
Deus vivo”. Isaías mantém a ênfase: Se cada grão de areia da praia fosse
numerado e a soma chamada “escolhidos de Deus”, eles seriam ainda números, não
nomes. A salvação vem por escolha pessoal. Deus não nos conta: chama pelo nome.
Meros números não são seu objetivo. Isaías enxergou esta realidade: Se nosso
poderoso Deus não nos tivesse dado um legado de filhos vivos, Acabaríamos como
cidades-fantasma, como Sodoma e Gomorra. Como resumir tudo isso? Todos os que
não pareciam interessados no que Deus estava fazendo, na verdade abraçaram o
que Deus fazia quando ele endireitou a vida deles. E Israel, que parecia tão
interessado em ler e falar sobre o que Deus estava fazendo, distanciou-se de
Deus. Como puderam se distanciar? Porque em vez deles confiar em Deus, eles
assumiram o controle. Estavam envolvidos no que eles mesmos faziam, tão
envolvidos nos seus “projetos de Deus” que não perceberam Deus à sua frente,
como uma pedra no meio da estrada. Então tropeçaram nele e continuaram caindo.
E Isaías de novo junta tudo isso numa metáfora: Cuidado! Pus uma pedra enorme
no caminho para o monte Sião, uma pedra que você não pode contornar. Mas eu sou
a pedra! Se você me procura, me encontrará a caminho, não obstruindo o
caminho."
Romanos 10
Os judeus
rejeitam a justiça de Deus
"1 Acreditem em mim, amigos,
para Israel desejo o melhor: salvação, nada menos que isso. É o que desejo de
todo o coração e em todo tempo oro a Deus por isso. Sei que os judeus são muito
dedicados a Deus, mas estão fazendo tudo ao contrário. Não parecem entender que
esse acerto da condição humana, que é a salvação, é obra de Deus, e muito
bem-sucedida. Eles montam suas lojas de salvação ao longo da rua e apregoam sua
mercadoria. Após todos esses anos de recusa em se relacionar com Deus nos
termos dele, insistindo em fazer tudo à sua maneira, eles nada conseguiram como
resultado.
4 A revelação anterior tinha a
intenção de nos deixar preparados para o Messias, apenas isso. Ele então
iria consertar a situação dos que cressem nele. Moisés escreveu que quem
insiste em usar o código da lei para viver de maneira correta diante de Deus,
logo descobre que não é tão fácil — cada detalhe da vida é minuciosamente
regulamentado! Mas confiar em Deus para moldar a vida correta em nós é uma
história diferente. Não se trata de uma escalada perigosa até os céus ou de uma
perigosa descida ao abismo para trazer de lá o Messias. Então, o que exatamente
Moisés estava dizendo? A palavra que salva está bem aqui, tão próxima quanto a
língua da boca, tão próxima quanto o coração do peito. É a palavra da fé que
aceita que Deus trabalhe e acerte as coisas para nós. Essa é a essência da
nossa pregação. Diga a Deus as palavras de boas-vindas: “Jesus é meu Senhor”.
Receba de corpo e alma a obra de Deus, seu agir em nós, como no ato de
ressuscitar Jesus. É isso. Você não está “fazendo” nada, está simplesmente
pedindo ajuda a Deus e confiando nele, para que ele o faça. Salvação é isso.
Com todo o seu ser, você aceita o agir de Deus para consertar a situação e pode
dizer em alto e bom som: “Deus acertou tudo entre mim e ele!”.
11 As Escrituras garantem:
“Ninguém que confie em Deus de todo o coração irá se arrepender disso”. Isso
não mudou. Não importa qual seja o antecedente religioso de alguém: o mesmo
Deus é por todos nós, agindo do mesmo modo, com incrível generosidade, para com
todos os que buscam sua ajuda: “Todo aquele que clamar: ‘Socorro, Deus!’
alcançará ajuda”.
14 Mas como o povo pedirá ajuda se
não sabe em quem confiar? E como saberão em quem confiar se nunca ouviram falar
do único que é digno de confiança? E como poderão ouvir se ninguém contar a
vocês? E como alguém contará a vocês a não ser que alguém o envie? É por isso
que as Escrituras exclamam: Uma visão de tirar o fôlego! Uma imensa multidão
anunciando a todos as coisas maravilhosas de Deus! Mas nem todos estão
preparados para ver, ouvir e agir. Isaías perguntou o que todos nós, em algum
momento, perguntamos: “Deus, será que alguém se importa? Será que alguém está
ouvindo ou acreditando numa única palavra de tudo isso?”. A questão é a
seguinte: antes de crer, você tem de ouvir. E, a não ser que a Palavra de
Cristo seja pregada, não há nada para ouvir.
18 Mas não são inúmeras as
oportunidades que Israel tem de ouvir e entender o que está acontecendo?
Inúmeras, eu disse. As vozes dos pregadores se foram pelo mundo, sua mensagem
pelos sete mares da terra. Então, a grande pergunta é: por que Israel não
entendeu que não tinha espaço nessa mensagem? Moisés acertou quando predisse:
Quando vir Deus alcançar todos aqueles a quem você considera inferiores — estranhos!
—, você irá morrer de inveja. Quando vir Deus alcançar os povos que você
considera ignorantes espirituais, você vai ficar furioso. Isaías ousa
pronunciar as seguintes palavras de Deus: Povos me encontraram e me receberam,
povos que nunca haviam me procurado. E eu encontrei e recebi povos que nunca
antes haviam perguntado a meu respeito. Então ele conclui com uma acusação: Dia
após dia, chamei Israel de braços abertos e, para minha tristeza, não vi
resposta a não ser puro desprezo."
Romanos 11
O futuro de
Israel
"1 Será que isso significa
que Deus está tão farto de Israel que não quer mais nada com eles? É claro que
não. Lembrem-se de que quem escreve estas coisas é um israelita, um descendente
de Abraão, da tribo de Benjamim. Mais judeu, impossível! Não estamos, portanto,
falando de rejeição. Deus está há muito envolvido com Israel, investiu demais
nesse povo para desistir agora.
2 Elias, angustiado por causa
desse mesmo Israel, clamou em oração: Deus, eles mataram teus profetas, destruíram
teus altares. Só eu sobrevivi, e agora eles estão atrás de mim! Lembram-se da
resposta de Deus? Eu ainda tenho sete mil que não desistiram, Sete mil que são
leais até o fim. É a mesma coisa hoje. Ainda há uma minoria fiel e atuante —
talvez não muitos; provavelmente mais do que vocês pensam. Eles estão firmes,
não por causa do que pensam que ganharão com isso, mas porque estão convencidos
da graça e do propósito de Deus em chamá-los. Se estivessem pensando apenas nos
próprios interesses, já teriam largado tudo há muito tempo.
7 O que aconteceu, então? Bem,
quando Israel tentou se acertar com Deus por esforço próprio, perseguindo os
próprios interesses, não obteve sucesso. Os escolhidos de Deus foram os que
deixaram Deus buscá-los pelo interesse que tem por eles. Como resultado
receberam o selo de aprovação. O Israel interesseiro tornou-se insensível a
Deus. Moisés e Isaías comentaram a respeito: Farto de suas reclamações e do seu
egoísmo, Deus obscureceu sua visão e entorpeceu seus ouvidos, trancou-os numa
sala de espelhos, e eles estão lá até hoje. Davi estava preocupado com a mesma
coisa: Tomara que adoeçam ao comer a comida preparada por eles mesmos, que
quebrem a perna, andando em seus caminhos egoístas. Tomara que fiquem cegos ao
contemplar seus espelhos, que tenham úlceras ao brincar de deus.
11 A próxima questão é: “os judeus
foram derrotados? Excluídos para sempre?”. A resposta é um enfático não.
Ironicamente, eles deixaram a porta aberta quando saíram, e os de fora
entraram. O resto vocês sabem: os judeus começaram a pensar que talvez tivessem
perdido uma coisa boa. Mas, se a saída deles impulsionou essa migração mundial
de não judeus para o Reino de Deus, imaginem o efeito da volta deles! Que lindo
retorno será!
13 Mas não quero continuar falando
deles. São vocês, os de fora, que me preocupam. Minha tarefa pessoal se
concentra nos chamados “de fora”, por isso me esforço ao máximo quando estou
entre meus parentes israelitas, os chamados “de casa”, esperando que eles
percebam o que estão perdendo e queiram se envolver com o que Deus está
fazendo. Se a queda deles iniciou essa migração em escala mundial, sua
recuperação produzirá algo ainda maior: uma volta em massa para casa! Se a
primeira coisa que os judeus fizeram, ainda que prejudicial para eles, resultou
no bem de vocês, pensem no que acontecerá quando eles acertarem o passo!
16 Tudo isso provém de uma raiz
santa, plantada e cuidada por Deus. Se a raiz principal da árvore é santa, há
espaço para frutos santos. Alguns ramos foram podados, e vocês, ramos de oliveira
selvagem, foram enxertados. Mas o fato de vocês serem alimentados pela raiz
santa e rica em nutrientes não os autoriza a tripudiar sobre os ramos podados.
Lembrem-se de que vocês não estão alimentando a raiz: ela é que está
alimentando vocês.
19 Assim, é possível dizer:
“Outros ramos foram podados para que eu pudesse ser enxertado!”. Muito bem, mas
eles foram podados porque eram dispensáveis, não mais ligados pela fé e pelo
compromisso com a raiz. A única razão pela qual vocês estão na árvore é porque
o enxerto de vocês “pegou” quando creram e porque vocês estão ligados à raiz
que nutre a fé. Por isso, não fiquem vaidosos. Sejam humildes e prontos em
relação à raiz que os mantém verdes e vivos.
21 Agora, se Deus não pensou duas
vezes para podar os ramos naturais, porque hesitaria em cortar vocês? Ele o
faria sem vacilar. Fiquem atentos ao amor bondoso e à terrível severidade que
coexistem em Deus: misericórdia zero para os ramos mortos, bondade total para
os enxertados. Mas não considerem só a bondade. No momento em que virar ramo
morto, vocês serão cortados.
23 E não se sintam superiores aos
ramos podados que caíram ao chão; se eles saírem do estado de morte, poderão
muito bem ser enxertados outra vez. Deus pode fazer isso. Ele é capaz de
enxertos milagrosos. Porque, se ele pôde enxertar vocês — ramos cortados de uma
árvore qualquer — numa das árvores do pomar, ele não terá dificuldades de
enxertar de volta na árvore de origem ramos que cresceram nela. Alegrem-se por
estar na árvore e esperem o melhor para os outros.
25 Quero ser o mais claro
possível, amigos. O assunto é complicado. É fácil interpretar errado o que está
acontecendo e, com arrogância, presumir que vocês são a realeza, e eles, apenas
o povão excluído. Mas não é assim. Essa dureza da parte de Israel em relação a
Deus é temporária e tem o efeito de permitir o acesso de todos os que estão de
fora, de modo que, por fim, a casa se encha. Antes do fim de tudo, haverá um
Israel aperfeiçoado. Está escrito: Um campeão virá das montanhas de Sião; ele
purificará a casa de Jacó. E esse é meu compromisso com o meu povo: a remoção
dos seus pecados. Enquanto vocês ouvem e abraçam as boas notícias da Mensagem,
fica parecendo que os judeus são inimigos de Deus. Mas, visto da perspectiva de
longo alcance do propósito abrangente de Deus, eles continuam sendo os mais
antigos amigos de Deus. Os dons e o chamado de Deus têm garantia total — jamais
são cancelados!
30 Houve uma época, não muito
tempo atrás, em que vocês estavam separados de Deus. Mas depois os judeus
fecharam a porta para Deus, e houve uma abertura para vocês. Agora eles estão
de fora. Mas, com a porta aberta para vocês, eles têm ainda a opção de voltar.
De algum modo, Deus permite que todos nós conheçamos o que é estar de fora,
para que ele, pessoalmente, possa abrir a porta e nos receber de volta.
33 Vocês, por acaso, já viram algo
que se compare à graça generosa de Deus ou à sua profunda sabedoria? É algo
acima da nossa compreensão, que jamais entenderemos. Há alguém que possa
explicar Deus? Alguém inteligente o bastante para lhe dizer o que fazer? Alguém
que tenha feito a ele um grande favor ou a quem Deus tenha pedido conselho?
Tudo dele procede; tudo acontece por intermédio dele; tudo termina nele. Glória
para sempre! Louvor para sempre! Amém. Amém. Amém."
Romanos 12
A nova vida
"1 Portanto, com a ajuda de
Deus, quero que vocês façam o seguinte: entreguem a vida cotidiana — dormir,
comer, trabalhar, passear — a Deus como se fosse uma oferta. Receber o que Deus
fez por vocês é o melhor que podem fazer por ele. Não se ajustem demais à sua
cultura, a ponto de não poderem pensar mais. Em vez disso, concentrem a atenção
em Deus. Vocês serão mudados de dentro para fora. Descubram o que ele quer de
vocês e tratem de atendê-lo. Diferentemente da cultura dominante, que sempre os
arrasta para baixo, ao nível da imaturidade, Deus extrai o melhor de vocês e
desenvolve em vocês uma verdadeira maturidade.
3 Ao escrever para vocês, sinto
profunda gratidão por tudo que Deus me deu, especialmente pela responsabilidade
que tenho por vocês. Vivendo assim como cada um de vocês, em pura graça, é
importante que não tenham um conceito errado de vocês mesmos, achando que têm
alguma bondade para apresentar a Deus. Não, e Deus quem concede tudo a vocês. O
único modo de nos entendermos é pelo que Deus é e pelo que ele faz por nós, não
pelo que somos e fazemos por ele.
4 Assim, somos como as várias
partes do corpo humano. Cada parte tem seu significado no corpo, visto como um
todo, mas não o contrário. O corpo de que estamos falando é o corpo formado
pelas pessoas escolhidas por Cristo. Cada um de nós encontra significado e
função como parte desse corpo. Não podemos ser como um dedo decepado, que não
tem valor. Então, desde que estejamos ligados às outras partes constituídas de
maneira genial e funcionando maravilhosamente no corpo de Cristo, sejamos o que
fomos feitos para ser, sem inveja ou sentimento de superioridade sobre os
outros, sem tentar ser algo que não somos.
6 Se você prega, limite-se a
pregar a Mensagem de Deus; se você ajuda, apenas ajude —, não tente assumir o
comando; se você ensina, apegue-se ao ensino; se você tem a capacidade de
encorajar, tome cuidado para não se tornar autoritário; se você recebeu alguma
posição de responsabilidade, não manipule; se você foi chamado para ajudar
gente em angústia, fique de olhos abertos e seja rápido em responder; se você
trabalha com os desamparados, não se permita ficar irritado ou deprimido por
causa deles. Mantenha o sorriso.
9 Amem de verdade, não de
maneira fingida. Evitem o mal ao máximo; apeguem-se ao bem como puderem. Sejam
bons amigos, que amam profundamente; não procurem estar em evidência.
11 Não se deixem esgotar:
mantenham-se animados e dispostos. Sejam servos vigilantes do Senhor, com uma
expectativa alegre. Não desistam em tempos difíceis,
mas orem com fervor. Ajudem os cristãos necessitados e pratiquem a
hospitalidade.
14 Abençoem os inimigos: não haja
maldição em suas palavras. Riam quando seus amigos estiverem alegres; chorem
com eles quando estiverem tristes. Ajudem-se uns aos outros. Não sejam
arrogantes. Façam amigos entre as pessoas mais simples; não se julguem
importantes.
17 Não revidem. Descubram a beleza
que há em todos. Se você a descobriu em você, faça o mesmo com todos. Não
insistam na vingança; ela não pertence a vocês. “Eu vou julgar. Eu vou cuidar
disso”, diz Deus.
20 As Escrituras recomendam que,
se você vir seu inimigo com fome, ofereça-lhe um bom almoço; se estiver com
sede, dê-lhe de beber. Sua bondade irá surpreendê-lo. Não permita que o mal
vença em sua vida, mas vença o mal com a prática do bem."
Romanos 13
Da obediência
às autoridades
"1 Sejam bons cidadãos. Todos
os governos estão abaixo de Deus. Se há paz e ordem, é ordem de Deus. Então,
vivam de modo responsável como cidadãos. Se forem irresponsáveis para com o
Estado, estarão sendo irresponsáveis para com Deus, e Deus pedirá contas disso.
As autoridades constituídas só serão uma ameaça se desobedecerem. Os cidadãos
decentes não têm o que temer.
3 Querem estar em boa situação com
o governo? Sejam cidadãos responsáveis, e o governo trabalhará a seu favor.
Mas, se vocês desobedecem às leis o tempo todo, cuidado! Os guardas não estão
aí apenas para serem admirados por seus uniformes. Deus também tem interesse em
manter a ordem, e os usa para isso. Portanto, vivam com responsabilidade — não
apenas para evitar a punição, mas por ser a maneira certa de viver.
6 É por isso, também, que vocês
pagam impostos — para que a ordem seja mantida. Cumpram suas obrigações como um
cidadão. Paguem seus impostos. Paguem suas contas. Respeitem seus superiores.
8 Não façam dívidas, a não ser a
imensa dívida de amor que vocês têm uns para com os outros. Quando vocês amam
uns aos outros, estão cumprindo a lei. O código da lei — não durma com uma
pessoa casada, não tire a vida de ninguém, não pegue o que não é seu, não fique
o tempo todo desejando o que você não tem e todos os outros “nãos” que você
pensar — se resume nisto: ame o próximo como a você mesmo, você não faz nada
errado quando ama o próximo. Adicione tudo ao código da lei, e a soma total
sempre dará amor.
11 Mas cuidem para não serem
absorvidos pelas obrigações diárias a ponto de perderem tempo e se distraírem
de Deus. A noite está quase acabando, o dia vai raiar. Estejam atentos ao
que Deus está fazendo. Ele está dando os últimos retoques na obra de salvação
que começou quando cremos. Não podemos desperdiçar as preciosas horas do dia em
futilidades, preguiça, distração, brigas e disputas. Saiam da cama e vistam-se!
Não desperdicem o tempo nem se demorem, esperando até o último minuto.
Revistam-se de Cristo e estejam preparados!"
Romanos 14
A tolerância
para com os fracos na fé
"1 Recebam de braços
abertos os irmãos que não veem as coisas como vocês. Não os atropelem toda vez
que eles fizerem ou falarem algo com o qual vocês não concordam — mesmo quando
parecer que eles são fortes nas opiniões, mas fracos na fé. Tratem-nos com
gentileza.
2 Por exemplo, uma pessoa viajada
pode muito bem estar convencida de que pode comer de tudo que há na mesa,
enquanto outro, com uma formação diferente, pode pensar que o certo é ser
vegetariano. Mas, como ambos são convidados à mesa de Cristo, não seria
desagradável se um começasse a criticar o que o outro comeu ou deixou de comer?
Afinal, Deus convidou ambos para sua mesa. O que você vai fazer: cortá-los da
lista de convidados, ou interferir nesse amor de Deus que a todos recebe? Se há
correções a serem feitas ou lições a serem aprendidas, Deus pode lidar com elas
sem sua ajuda.
5 Digamos que alguém pense que
determinados dias devem ser considerados sagrados, enquanto outro pensa que
todos os dias são iguais. Há boas razões para cada opinião. A verdade é que
cada um é livre para seguir as convicções da consciência.
6 O que importa em tudo isso é
que, se você guarda um dia sagrado, guarde-o por causa de Deus; se você come
carne, coma-a para a glória de Deus e agradeça a ele pela picanha; se você é
vegetariano, coma vegetais para a glória de Deus e agradeça-lhe pelos brócolis.
Nenhum de nós tem permissão para legislar nesses assuntos. É a Deus que vamos
prestar contas — de tudo e em tudo, na vida e na morte —, a ninguém mais. Foi
por isto que Jesus viveu e morreu e depois viveu outra vez: para se tornar
nosso Senhor sobre tudo, da vida à morte, e nos libertar das pequenas tiranias
de cada um.
10 Além do mais, o que você vai
ganhar ao criticar um irmão? E quando você é tolerante com uma irmã? Preciso
dizer que isso faz você parecer um tolo — ou algo pior. Afinal, um dia todos
nós iremos nos ajoelhar para sermos julgados, na presença de Deus. Sua crítica
ou sua tolerância não vão melhorar sua situação nem um pouco. Leiam vocês
mesmos o que as Escrituras dizem: “Tão certo como eu vivo e respiro”, Deus diz,
“todo joelho se dobrará na minha presença; toda língua dirá a pura verdade que
eu, e somente eu, sou Deus” Portanto parem de se preocupar indevidamente com os
outros. Vocês já têm bastante com que se preocupar, cuidando da própria vida
diante de Deus.
13 Deixem de lado a atitude de
querer decidir o que é certo para o outro. Preocupem-se em não se intrometer na
vida dos outros, tornando a vida mais difícil do que já é. Estou convencido —
Jesus me convenceu! — de que tudo é santo em si mesmo. Nós, pelas nossas
atitudes ou palavras, é que podemos contaminar as coisas.
15 Se vocês confundem os outros,
fazendo do que as pessoas comem um campo de batalha, já perderam aquela
amizade, aquele amor. Lembrem-se de que foi por essas pessoas que Cristo
morreu. Vocês vão arriscar mandá-las para o inferno por causa de uma dieta? Não
ousem fazer que a comida abençoada por Deus se torne um meio de envenenar a
alma.
17 O Reino de Deus não tem a ver
com o que vai para o estômago, entendam isso! Tem a ver com o que Deus faz com
a sua vida, quando ele a conserta e completa sua obra com alegria. Nossa tarefa
é servir a Cristo com sinceridade. Façam isso, e viverão bem: Pois agradarão a
Deus mais que a vocês e mostrarão seu valor para todo mundo.
19 Assim estaremos empregando nosso
esforço na boa convivência fraterna. Ajudem-se mutuamente com palavras de
ânimo. Não ponham seu irmão lá embaixo, apontando os defeitos dele. Não
permitam que uma discussão a respeito do que é ou não servido num jantar
destrua a obra de Deus entre vocês. Já disse e repito: toda comida é boa, mas
pode se tornar má se vocês a usarem mal, fazendo que os outros tropecem e
caiam. Quando vocês se sentarem para comer, a preocupação principal não deve
ser alimentar-se, mas compartilhar a vida de Jesus. Portanto, sejam sensíveis e
educados com os outros que estão à mesa. Não comam, façam ou falem nada que
interfira na livre troca de amor cristão.
22 Cultivem o relacionamento com
Deus, mas não o imponham aos outros. Vocês serão felizes se seu comportamento e
sua fé forem coerentes. Mas, se não estão seguros, se percebem que estão agindo
de modo incoerente com os que creem — às vezes tentando impor sua opinião ou
apenas agradar —, vocês estão errados. Se seu modo de viver não condiz com o
que vocês creem, então está errado."
Romanos 15
A imitação a
Cristo. A simpatia e o altruísmo
"1 Aqueles de nós que forem
mais fortes e capazes na fé têm o dever de ajudar os que são vacilantes, não
devem fazer apenas o que for conveniente. Se temos força é para servir, não
para ganhar prestígio. Cada um de nós precisa se preocupar com o bem-estar
alheio, sempre perguntando: “Como posso ajudar?”.
3 Foi o que Jesus fez. Ele não
facilitou as coisas para si mesmo, evitando os problemas alheios, mas sempre
estava disposto a ajudar. “Assumo os problemas dos problemáticos” — assim as
Escrituras apresentam a questão. Ainda que isso tenha sido registrado nas
Escrituras há muito tempo, estejam certos de que foi escrito para nós. Deus
quer que o seu chamado firme e permanente combinado com o conselho caloroso e
pessoal das Escrituras venham a nos caracterizar, mantendo-nos alerta para o
que ele vier a fazer. Que o nosso Deus fiel, imutável, pessoal e caloroso
desenvolva a maturidade em vocês, de modo que possam estar um ao lado do outro,
assim como Jesus se põe ao lado de cada um de nós. Então, seremos um coral —
não apenas nossa voz, mas nossa vida cantará um hino maravilhoso, em perfeita
harmonia, ao Deus e Pai do nosso Senhor Jesus!
7 Portanto, estendam a mão e
acolham uns aos outros, para a glória de Deus. Jesus fez; agora, é a vez de
vocês! Sendo fiel aos propósitos de Deus, Jesus estendeu a mão aos judeus de
maneira especial, de modo que as velhas promessas, feitas aos antepassados, se
tornassem verdadeiras para eles. Como resultado, os não judeus foram alcançados
pela misericórdia e agora podem demonstrar gratidão a Deus. Pensem em todos os
textos das Escrituras que se cumprem no que fazemos! Por exemplo: Então vou
reunir os que são de fora no cântico de um hino; vou cantar ao seu nome! E
esta: Vocês, os de fora e os de dentro, alegrem-se juntos! E outra vez: Povos
de todas as nações celebrem a Deus! Todas as cores e raças deem louvor sincero!
E a palavra de Isaías: Eis a raiz do nosso antepassado Jessé, progredindo na terra
e tornando-se uma grande árvore, alta o bastante para que todos, em toda parte,
a vejam e tenham esperança! Que o Deus da esperança viva encha vocês de alegria
e paz, para que a vida de vocês se encha da energia vivificante do Espírito
Santo e transborde de esperança!
14 Pessoalmente estou bastante
satisfeito com o que vocês são e com o que estão fazendo. Parecem bem
orientados e bastante motivados, capazes de guiar e orientar uns aos outros.
Então, queridos amigos, não tomem minha linguagem ousada e dura como crítica.
Não estou criticando, apenas destacando quanto preciso da ajuda de vocês para
levar adiante esta tarefa específica que Deus me deu, esta obra evangélica e
sacerdotal de servir às necessidades espirituais dos não judeus, para que eles
possam ser apresentados como oferta aceitável a Deus e se tornem íntegros e
santos pelo Espírito Santo de Deus.
17 Olhando para o que já foi feito
e o que tenho observado, devo dizer que estou muito satisfeito — no contexto de
Jesus, eu diria até orgulhoso, mas apenas nesse contexto. Não tenho interesse
em dar a vocês um relato pormenorizado das minhas aventuras, apenas as palavras
e os atos de Cristo no presente, poderosos e transformadores para mim, que
desencadearam uma resposta de fé entre os de fora. Nesses caminhos, tenho
pregado a Mensagem de Jesus, desde Jerusalém até o noroeste da Grécia. Tenho
tido o cuidado de levar a Mensagem apenas aos lugares nos quais Jesus ainda não
é conhecido e adorado. Seguindo o que está escrito: Àqueles a quem nunca se
falou a respeito dele — estes irão vê-lo! Os que nunca ouviram falar dele —
estes receberão a mensagem!
22 É por isso que estou demorando
tanto para visitar vocês. Mas agora, que não há mais trabalho pioneiro a ser
feito nessas regiões e como há muitos anos desejo ir vê-los, estou finalmente
planejando minha visita. Vou para a Espanha e então espero passar por aí e
desfrutar a companhia de vocês até que, em tempo oportuno, me enviem, com a
bênção de Deus.
25 Mas primeiro vou a Jerusalém
entregar a oferta de auxílio aos seguidores de Jesus que vivem ali. Os gregos —
em todo o caminho dos macedônios, no norte, até os da Acaia, no sul - decidiram
fazer uma coleta para os cristãos pobres de Jerusalém. Fizeram isso com prazer,
mas também era a obrigação deles. Percebendo que usufruíam os dons espirituais
que generosamente vinham da comunidade de Jerusalém, era o dever deles aliviar
aquela pobreza. Tão logo eu entregue pessoalmente a “cesta de frutos”, parto
para a Espanha, fazendo uma parada em Roma para ver vocês. Minha esperança é
que essa minha visita se torne uma grande bênção de Cristo.
30 Queridos amigos, tenho um
pedido: orem por mim. Orem fervorosamente comigo e por mim — a Deus, o Pai,
pelo poder do nosso Senhor Jesus e pelo amor do Espírito — para que eu seja liberto
da cova dos leões dos descrentes na Judeia. Orem também para que minha oferta
de auxílio aos cristãos de Jerusalém seja aceita no mesmo espírito em que foi
recolhida. Assim, querendo Deus, irei até vocês com um coração leve e ansioso
pelo consolo da companhia de vocês. O Deus da paz seja com todos vocês.
Amém!"
Romanos 16
Paulo
recomenda a Febe
"1 Recebam bem nossa amiga
Febe, que está a serviço do Senhor, com a hospitalidade pela qual nós,
cristãos, somos conhecidos. De todo o coração eu a recomendo, bem como sua
obra. Ela é uma representante central da igreja de Cencreia. Ajudem-na em tudo
que ela pedir. Febe merece tudo que fizerem por ela, pois já ajudou muita
gente, até mesmo a mim.
3 Saúdem Priscila e Áquila, que
têm trabalhado lado a lado comigo, servindo Jesus. Eles arriscaram a vida por
minha causa, e não sou o único que é agradecido a eles. Todos os grupos de
cristãos não judeus também devem muito a esse casal, para não falar da igreja
que se reúne na casa deles. Saúdem meu querido amigo Epêneto. Ele foi o
primeiro seguidor de Jesus na província da Ásia.
6 Saudações a Maria. Como ela tem
trabalhado por vocês!
7 Saudações aos meus primos
Andrônico e Júnias. Houve uma vez que compartilhamos uma cela de prisão. Eles
já seguiam Cristo antes de eu me converter. Ambos são líderes destacados.
8 Saudações a Amplíato, meu bom
amigo na família de Deus.
9 Saudações a Urbano, nosso
companheiro na obra de Cristo, e ao meu bom amigo Estáquis.
10 Saudações a Apeles, um
verdadeiro e aprovado veterano no caminho de Cristo. Saudações à família de
Aristóbulo.
11 Saudações ao meu primo
Herodião.
12 Saudações a Trifena e Trifosa,
mulheres prontas em servir o Senhor. Saudações a Pérside, amiga querida, que
tanto tem trabalhado em Cristo.
13 Saudações a Rufo — um escolhido
do Senhor! — e à sua mãe. Ela tem sido também uma querida mãe para mim.
14 Saudações a Asíncrito,
Flegonte, Hermes, Pátrobas, Hermas e também às famílias deles.
15 Saudações a Filólogo, Júlia,
Nereu e sua irmã e Olimpas — e a todos os seguidores de Jesus que vivem com
eles.
16 Abraços santos para todos!
Todas as igrejas de Cristo enviam suas saudações mais calorosas!
17 Amigos, um conselho final.
Estejam atentos com relação aos que extraem algo do ensinamento que vocês
aprenderam e depois o usam para criar confusão. Evitem essas pessoas. Elas
não têm intenção de viver para o Senhor. Estão aqui pelo que podem obter e
falam de modo piedoso para enganar os ingênuos.
19 E, como nunca houve dúvida
acerca da honestidade de vocês quanto a essas questões — eu não poderia estar
mais orgulhoso de vocês! —, quero também que sejam prudentes, afeiçoados ao bem
e distantes do mal. Não se deixem enganar pelas conversas suaves e ao mesmo
tempo malignas. Fiquem atentos. Antes que percebam, o Deus da paz irá
derrubar e pisotear Satanás no chão. Desfrutem o melhor de Jesus!
21 Por fim, lá vão outras
saudações. Timóteo, meu companheiro na obra, Lúcio e meus primos Jasão e
Sosípatro enviam saudações.
22 Eu, Tércio, que escrevi esta
carta ditada por Paulo, envio minhas saudações pessoais.
23 Gaio, que é meu hospedeiro e de
toda a igreja, manda lembranças a vocês. Erasto, o tesoureiro da cidade, e
nosso bom amigo Quarto enviam saudações.’
25 Todo o nosso louvor é dedicado
ao Único que é poderoso o bastante para torná-los fortes, exatamente como na
pregação a respeito de Jesus Cristo, como revelado no mistério que se manteve
por tanto tempo, mas que agora se tornou um livro aberto por meio das
Escrituras proféticas. Todas as nações do mundo podem agora conhecer a verdade
e ser conduzidas à fé obediente, cumprindo as ordens de Deus, que fez tudo, do
início até a última letra.
27 Todo o nosso louvor é dirigido,
por meio de Jesus, a esse Deus incomparavelmente sábio! Amém!"
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